sexta-feira, dezembro 01, 2006

APELO DA ALMA



A minha triste boca dolorida
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono esquecida
Pelo assombro desta quimera

O meu rosto de monja, de marfim
E as lágrimas que choro, branca e calma
Ninguém as vê cair dentro de mim
Ninguêm as vê brotar na minha alma

Procuro-te em vão, de braços abertos
O som dos teus passos, sei conhecer
Aguardo com sentimentos despertos
Mas sabe-se amor, que não pode ser!

A minha boca morta, grita ainda
Quando chegarás para te ver
Sentirei a tua boca, linda!
E o nosso amor renascer...

FF

5 comentários:

Unknown disse...

Querida amiga, que apelo tão maravilhoso! Adoro tudo o que escreves! És mesmo uma poetisa maravilhosa e encantadora. O teu coração e a tua alma são do mais lindo que há!
Um beijo enorme!

DE-PROPOSITO disse...

O meu rosto de monja, de marfim
E as lágrimas que choro, branca e calma
Ninguém as vê cair dentro de mim
Ninguêm as vê brotar na minha alma
............
Um bonito poema. Estes quatro versos estão maravilhosos. Há coisas que ninguém as vê. Podemos rir, saltar, barafustar, mas há coisas cá dentro que ninguém vê. No entanto um observador perspicaz e que esteja atento sempre se apercebe. Ele vê coisas que ninguém vê e não estão em lado nenhum, ouve palavras que nós não dissemos, mas pensámos.
Bem fica bem.
Tudo de bom para ti.
Manuel

TG disse...

...pela minha boca vai sentir, viver, por ela e nela sentirás aquilo que nao digo a mais ninguém....

desculpa nao resisti, gostei muito deste "apelo da alma".

um bom fds e um bjs
tiago

p.s obrigado pela tua sensibilidade no meu espaço

Anónimo disse...

O amor é a melhor cura para a dor.

O teu poema é muito lindo, como sempre!
Como é bom ler-te!

Beijo grande.

Ricardo Rayol disse...

quanta saudade reprimida...