quinta-feira, janeiro 04, 2007

DÚVIDA



Sonhei que um vento me levava arrebatado
Onde uma aurora ri louçã
Olhavam-me e diziam com cuidado
As estrelas que guardam a manhã

Mas eu baixava os olhos, receosa
Através desse espaço constelado
E passava furtiva e silenciosa
Andar triste, semblante calado

Erma cheia de tédio e de quebranto
Virou-se para Deus minha alma triste
Rompendo as amarras, caindo em pranto
Só me falta saber se Deus existe

Que seja sonho apenas a esperança
Enquanto a dor eternamente assiste
Se em silêncio sofrer vingança
Continuarei na dúvida, se Deus existe

FF