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No mais secreto do que existe em tiA grande solidão que de ti esperoTua falsa beleza, que não viA voz com que te chamo, é de desesperoNão fui eu que te quis, e não são meusOs lábios sedentos que poisaramPossessa desta raiva que me deuJamais os meus dedos te tocaramNossos corpos pensantes se entrelaçamNossos sexos furiosos se confundemNossas almas sedentas se trespassamNossos prazeres únicos se fundemPensando, nos secamos e perdemosUma causa maior que nos expliqueEsta ansia de desejo que trazemosQue nos satisfaça ou justifiqueFF
Porquê esperar porquê, se não se alcançaO gesto que estrangula, a voz que gritaAntes aproveitar a nossa herançaDo monstro que inventámos e que nos fitaEsta semente agreste que trazemosDentro do peito a emoçãoUm punhado de cinza esparso ao ventoE na alma o bater do coraçãoEste frio que anda em mim, e me gelouQue é fortuna infinita é demênciaSe eu nem sei onde ando e onde vouSinto os passos da dor, da decadênciaSou um verme que um dia quis ser astroSou um refelxo...un canto de paisagemUma estátua truncada de alabastroSei lá quem sou!... Uma miragemFF