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Vivo sozinha em meu castelo: a dor
E nunca, nunca vi passar ninguém
O meu olhar é interrogador
Chora o silêncio...nada, ninguém vem
Rimas perdidas, vendavais dispersos
Com que eu iludo os outros, com que minto
Quem me dera encontrar o verso
Que dissesse a chorar, isto que sinto
Criança doida e crente, sou também
Tudo me fugiu, tudo morreu
Desde então choro amargamente
Na minha torre erguida, junto ao céu
Cheia de claustros, sombras, arcarias
Tem linhas de um requinte escultural
Os sinos têm dobres de agonia
A minha dor é um convento ideal.
FF
Fala baixinho, juntinho ao meu ouvidoNum frêmito... a terra emudeceuQue essa fala de amor seja um gemidoÉ mais um anjo que á terra desceuVejo-te só a ti no azul dos céusMinha boca tem fome só da tuaÓ minha perfeição que criou DeusE que num dia lindo me fez suaDeixa-me andar assim no teu caminhoSombra da tua sombra, doce e calmaPor toda a tua a vida, amor, devagarinhoIrmã gémea, da tua almaVivo longe de ti, mas que importaSe eu já não vivo em mim! Ando a vaguearNoite alta, noite escura, noite mortaEm volta de mim... a procurarFF