terça-feira, outubro 31, 2006

ESPÍRITO SERENO



Tu, que dormes, espírito sereno
Como um levita á sombra dos altares
Acorda! É tempo! O sol já vai alto e pleno
Posto à sombra dos credos seculares

Escuto em sonhos, quando a sombra desce
Da noite nas fantásticas estradas
Esse novo corcel, cujas passadas
E, passando a galope, me aparece

Um cavaleiro de expressão potente
E o corcel negro diz: " eu sou a morte"
Cavalga a fera estranha sem temor
Formidável, mas plácido, no porte

Numa espiral, de estranhas contorções,
Como um bando levado pelos ventos
No meu sonho desfilam as visões
Espectros dos meus próprios pensamentos.

FF

4 comentários:

Anónimo disse...

O teu poema é mesmo sombrio! Mas está tão bem escrito que é impossível não se render à sua beleza!

Tu estás a crescer e muito! Parabéns!

Beijo grande.

[[cleo]] disse...

Os sonhos são um reflexo do inconsciente á solta...
Se o espírito estiver sereno... serenos serão os sonhos!
Se não... talvez sejam pesadelos!
Mas gostei do teu poema!

Um beijo soprado

Farinho disse...

Será tristeza escondida na tua alma? concordo com a Angela, é mesmo sombrio.
Mas como ela diz está muito bem escrito.

Beijocas.

Anónimo disse...

entre tanto pranto de uma alma sofredora tu ainda tens a luçides de estar bem com a vida