segunda-feira, novembro 13, 2006

LONGE DE TI


Longe de ti são ermos os caminhos
Longe de ti há noites silenciosas
Tuas mãos doces, plenas de carinhos
Perdidas pelas noites invernosas

Tanto clarão nas trevas reflugiu
Pedi à vida mais do que ela dava
Meu castelo de luz que me caiu
Eterna sonhadora edificava

Passei a vida a amar e a esquecer
As brumas dos atalhos por onde ando
Á procura de um raio de sol para me aquecer
Que há-de partir também, nem sei quando

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio
E este amor que assim me vai fugindo
A mesma angústia funda, e sem remédio
Mas a fé igual, em outro amor que vai surgindo...

FF

4 comentários:

Unknown disse...

É sempre bom que mesmo depois de tantas tristezas, se mantenha a fé num novo amor!
Beijinhos

Ricardo Rayol disse...

Longe de ti
não tenho vida
procuro pelas brumas
seu vulto
seu corpo

Achei demais :-)

Anónimo disse...

Adorei! Lindo na forma e no conteúdo.

Há amores que vêm e vão... Mas AQUELE há-de ficar para sempre!

Beijo grande.

[[cleo]] disse...

Quanto tempo leva para se começar a sentir amor por alguém?
E quanto tempo leva para se passar do amor ao desamor?
É... a vida é um carrossel que não pára e o amor é um vai e vem que a acompanha enquanto ela durar.
Um poema simples, realista e muito lindo!

Um beijo soprado