
Exilada em meus muros de pedras tamanhas
Fechada em meu templo deusa que chora
Onde me recebiam terras estranhas
Onde acordaria com a frágil aurora
Sonho com margens de cálidos mares
Sonho ás vezes com áridos muros
Sonho com zéfiros, pálidos cantares
Sonho de escrava liberta de estéreis futuros
Um sonho alado que nasceu num instante
E neste sonho eu já nem sei quem sou
Erguido em horas de demência
Foi apenas mais um que por mim passou
Que a cinza o cubra que o arraste o vento
Que a tempestade o leve até onde for
Que me deixe com meus sentimentos
Que me deixe com o meu amor.
FF